A divisão do Pará para formação dos Estados de Tapajós (oeste) e Carajás
(sul e sudeste) não teria viabilidade econômica ou social. É o que
sustenta resultado de estudo realizado pelo doutor em economia e
coordenador do Núcleo de Estudos Socioeconômicos da Universidade da
Amazônia (Unama), Carlos Augusto Silva Souza. Denominada “Redivisão
Política no Estado do Pará: motivações políticas e impactos econômicos e
sociais”, a pesquisa dirigida pelo professor Silva Souza, que é
economista e também doutor em Ciência Política, afirma que não se
encontrou viabilidade em nenhum dos aspectos analisados, e que o Estado
do Tapajós seria o mais pobre do país. Além disso, o Pará remanescente
cairá da 13ª posição no ranking do PIB nacional para a 16ª. Mas, nem
tudo seria negativo, aponta o estudo. Ao contrário do Tapajós, o Carajás
melhoraria a renda per capita, apesar de ser uma região de intensos
conflitos sociais, diz o professor, que defende que o desenvolvimento
depende de gestão pública, e não de divisão.
Silva Souza: "Estados Pequenos também têm pobreza e estados maiores apresentam um melhor desenvolvimento.
Desenvolvimento depende da Qualidade da Gestão."